Laboratório de Física Atmosférica

Estudamos o ciclo de vida dos aerossóis naturais na Amazônia. Buscamos entender como a floresta emite compostos orgânicos voláteis, como eles se transformam em partículas de aerossóis. Estes aerossóis são importantes pois eles servem como núcleos de condensação de nuvens, permitindo que a água se condense em gotículas e conduza a chuva. Nosso principal local experimental é o Observatório da Torre Alta da Amazônia (em inglês, Amazon Tall Tower Observatory, ATTO), um laboratório único em regiões tropicais, com uma torre de 325 m no meio da floresta amazônica, onde também medimos as propriedades das nuvens. Também promovemos expedições aéreas e fluviais para aumentar o alcance de nossas pesquisas.

As emissões provenientes da queima de biomassa na Amazônia têm implicações importantes para o clima regional e global e para a saúde da população da região. Utilizamos locais experimentais na Amazônia para caracterizar aerossóis queimados e compreender seus efeitos no clima e na saúde. Em parceria com o Departamento de Ciências Atmosféricas, estudamos o transporte em larga escala de aerossóis e gases emitidos pelas queimadas. Utilizamos o modelo WRF-Chem para estudar processos de transporte da Amazônia para outras regiões da América do Sul.

Estudamos processos relevantes que influenciam o equilíbrio radiativo da Terra, alterando o fluxo de radiação, como mudanças no uso do solo na Amazônia, transporte de aerossóis queimados e emissões de gases de efeito estufa. Também investigamos o impacto das mudanças climáticas no clima regional e global.

Estudamos o transporte de vapor de água da Floresta Amazônica desde a evapotranspiração para outras regiões do continente onde pode contribuir para a precipitação. Utilizamos ferramentas como redes complexas e inteligência artificial para analisar como o desmatamento e as mudanças climáticas podem afetar este importante serviço ecossistêmico. Também utilizamos sensoriamento remoto para investigar a relação entre vapor d'água e formação de nuvens na Amazônia.

Investigamos como os aerossóis naturais e antropogênicos influenciam os mecanismos de formação de nuvens e precipitação na Amazônia. Usamos técnicas de sensoriamento remoto terrestre e de satélites, bem como medições in-situ de aeronaves para estudar como os aerossóis alteram as propriedades microfísicas das nuvens. Também utilizamos modelos numéricos como BRAMS e WRF-Chem para simular o impacto dos aerossóis nas nuvens e para estudar processos físicos que não podem ser medidos diretamente.

Estudamos a poluição do ar urbano em diversas cidades brasileiras. Desenvolvemos modelos que quantificam fontes de aerossóis e seus processos atmosféricos. Também investigamos a relação entre os níveis de poluição e seus efeitos na saúde da população. Outra abordagem é o estudo que investiga a meteorologia e a circulação de massa de ar nas áreas metropolitanas e a dispersão de poluentes.